Houve um tempo, há muito tempo atrás, quando os que faziam parte da Igreja eram chamados de santos, fiéis, eleitos.
Reconhecidos pelo seu grande amor a um Cristo e suas palavras sobre o Reino de Deus. Este amor movia os fiéis a falarem ousadamente da mensagem de salvação, tão ousadamente que se dispunham a serem comida de leões para diversão de muitos, ao invés de negarem a fé.
Hoje, não é mais assim. A igreja de hoje se caracteriza por ser igual.
Somos iguais aos espíritas em muitos de seus rituais. Giramos e giramos iguais aos do candomblé. Entramos em êxtase como que possuídos, igualmente ao que acontece em muitos terreiros de macumba. Construímos templos pomposos e cheios de objetos supostamente sagrados como faziam os judeus. Saímos em uma marcha como os católicos fazem.
Iguais. Hoje somos iguais.
E igualmente a muitas falsas religiões a igreja está caminhando para o inferno. Não a Igreja, mas a igreja. Muitos são chamados, mas poucos escolhidos é a palavra de Cristo que se cumpre em meio a nós. Pulamos. Dançamos. Confraternizamos. Mas não adoramos mais. Não oramos pedindo a Deus que derrame do seu Espírito para que possamos pregar com ousadia a mensagem do Evangelho do Reino de Deus. Entre nós, muitos dispostos a comerem o melhor desta terra, mas quase ninguém disposto a morrer para que a verdadeira mensagem seja pregada.
Preferimos manter nossos "amigos". Melhor ir para o inferno com muitos amigos do que dizer a ele que se ele não abandonar suas práticas irá para o lago de fogo. Preferimos ser iguais. Melhor assim.
Enquanto isto, o Espírito geme e chora. Deus procura os fiéis, os santos, os que eram separados. Onde eles estão?